Começou a guerra pelo dinheiro! Filhos de Pinto da Costa enfrentam-se pela herança
Depois das cerimónias fúnebres de Pinto da Costa, é tempo de abrir o testamento e tratar das partilhas. Num dos últimos desejos, o portista pediu para os filhos se entenderem, mas a realidade é bem diferente.

Ao longo dos últimos meses, Pinto da Costa teve tempo para preparar quase tudo. Sabia que nada havia a fazer para conter a doença, que o cancro se tinha espalhado e, não havendo um número concreto, os médicos tinham-no avisado que o tempo que lhe restava não era muito. Pragmático, entusiasta da vida, quis desfrutar ao máximo dos últimos tempos e fez tudo sem privações. No entanto, entre os encontros com amigos, sabia que era urgente tratar das questões relacionadas com a herança e testamento, deixar tudo esclarecido para o dia em que já cá não estivesse.
Transmitiu o seu último desejo aos filhos, mas deixou-o também expresso, em livro, para que não restassem margem para dúvidas: não queria que Joana e Alexandre se desentendessem por causa das partilhas. “Neste momento, duas preocupações enchem a minha cabeça e o meu coração. Na minha falta, como será o relacionamento dos meus filhos? Como se vão entender na divisão dos meus bens? Já lhes lembrei o que a minha querida Mãe nos dizia, a mim e aos meus irmãos: ‘Entendam-se, senão metade do que vos deixo será para os Tribunais e advogados’. Sábias palavras, que todos seguimos, e tudo dividimos sem o mínimo atrito”, desabafou.
No entanto, os mais próximos sabem que dificilmente o processo será assim tão linear. Os irmãos, filhos de mães diferentes, nunca tiveram uma relação de grande proximidade e Joana – da união com Filomena Morais – não gostou da postura de Alexandre – fruto do casamento com Manuela Carmona – que só aceitaria fazer as pazes com o pai nos últimos meses de vida.