Não está fácil para o Sporting superar a saída de Ruben Amorim. O seu substituto, que segundo Frederico Varandas já estava a ser preparado para esta sucessão, não aguentou os resultados negativos e deixa o clube no mês seguinte à sua chegada.
O legado de Ruben Amorim revelou-se ainda mais pesado do que já seria esperado. O treinador parecia deixar a equipa mais do que preparada para seguir nessa espiral positiva. Porém, não aconteceu e João Pereira acabou por ceder lugar, rapidamente, a Rui Borges. O até então treinador do Vitória SC vai agora orientar o Sporting e chega com confiança, pelo menos, no discurso.
Questionado sobre esse fardo deixado por Amorim, Rui Borges nem vacilou.
“Presente envenenado? Não faz sentido, é o momento certo. Estou feliz, o Sporting está na luta, em todas as frentes, a nossa ambição é que consigamos acrescentar valor e troféus ao Sporting, é o que todos queremos, clube, treinadores, jogadores, é o nosso foco e objetivo. É o melhor presente de Natal que poderia ter tido. Não olho para coisas de forma tão negativa. Não poderia estar mais feliz”, disse o transmontano, muito confiante, e sem querer comparações com Amorim, que quer deixar no passado do Sporting. Agora, o futuro é com ele.
“O Ruben passou, grande treinador, que admiro imenso, tem a sua liderança, o João também, a partir de hoje é a liderança do Rui Borges. Diferente, não comparável, porque cada um tem a sua ideia, forma de ser e estar e lutar para ser feliz. Foco-me no que posso controlar, tirar máximo rendimento dos jogadores, o meu foco é o plantel.
É tudo diferente, o Ruben é o Ruben, o João Pereira é o João Pereira, o Rui Borges é o Rui Borges. Conheço pouco o Ruben, tenho apreço e admiração, identifico-me bastante, mas não sei como trabalha o Ruben, a forma de comunicação é excelente, não tento imitar ninguém”, disse Rui Borges, de 45 anos.
Benfica:
“Foco-me só no Benfica, é o próximo. Nos outros não vale a pena pensar. Quem pensar muito à frente, não vai estar focado no imediato, no que é importante. O importante é focar ao máximo em passar algumas ideias aos jogadores, conseguir fazê-los acreditar e entender. Passar pouca informação, mas certa. É focar muito nisso, no imediato. E o imediato é o Benfica. É isso que me guia para já”.
